Delegação israelita em Doha para continuar negociações de troca de reféns

Fonte da embaixada do Qatar confirmou à agência Efe, sob anonimato, que uma delegação israelita chegou a Doha para resolver as “lacunas nas negociações” e “algumas questões controversas”, embora tenha sublinhado que são “salváveis” para se chegar a um possível acordo.

 

Segundo esta fonte, a delegação israelita é composta por representantes do serviço de informações interno de Israel, Shin Bet, da inteligência estrangeira israelita, Mossad e do Exército israelita.

Acrescentou que “o acordo pode exigir que Israel tome decisões difíceis”, sem fornecer mais detalhes sobre esta questão, acrescentando que os principais pontos de discórdia entre ambos os lados giram em torno do número de reféns israelitas e de prisioneiros palestinianos que serão libertados, bem como a questão do destacamento do Exército israelita na Faixa de Gaza.

Atualmente em cima da mesa das negociações está a libertação de “algumas dezenas de prisioneiros israelitas em troca de entre 700 e 1.000 prisioneiros palestinianos” em vários períodos.

Entre estes prisioneiros palestinianos estão prisioneiros com longas penas de prisão perpétua.

A possibilidade de um cessar-fogo por 60 dias e o regresso dos deslocados ao norte da Faixa de Gaza também está a ser considerada de acordo com um sistema de segurança que supervisionará este processo, acrescentou a fonte, sem adiantar mais detalhes sobre o assunto.

Por último, e ainda segundo esta fonte, a implementação do acordo será realizada em etapas simultâneas por ambas as partes para garantir o seu compromisso.

Também hoje o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, afirmou que o possível acordo de cessar-fogo e libertação de reféns com o Hamas em Gaza está “mais próximo do que nunca”, em declarações divulgadas pelos meios de comunicação israelitas durante uma comissão à porta fechada no Knesset (Parlamento israelita).

Em mais de um ano de guerra, o Hamas e Israel só chegaram a acordo sobre um cessar-fogo, e libertação de reféns, em novembro do ano passado, o que serviu para libertar 105 dos 251 raptados em 07 de outubro em troca de 240 prisioneiros palestinianos em Israel.

Por outro lado, o Conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, chegou na passada sexta-feira a Doha desde Israel, onde garantiu que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, “está pronto” para chegar a um acordo para a troca de reféns.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, reuniu-se hoje em Israel com Adam Buehler, o enviado especial para os Assuntos de Reféns, encarregado de negociar a libertação dos norte-americanos raptados no estrangeiro.

“Esta [reunião] decorreu no âmbito da visita privada de Buehler a Israel”, detalhou hoje o gabinete do presidente israelita, em comunicado.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou em 04 de dezembro a nomeação de Boehler, então CEO da empresa de investimento em saúde Rubicon Founders. Boehler já era negociador dos Acordos de Abraham em 2020, que ajudaram a normalizar as relações entre Israel e vários Estados árabes.

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Fonte: www.noticiasaominuto.com

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