Jordânia condena Israel por proibição da agência para palestinianos

O parlamento de Israel votou na segunda-feira a proibição das ações da UNRWA. 

 

Hoje o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Jordânia, Sufian al Quda, disse em comunicado divulgado através das redes sociais que a decisão do Knesset (Parlamento de Israel) “faz parte de uma campanha para atacar a agência da ONU”.

O porta-voz sublinhou que a medida faz parte da “dos esforços frenéticos de Israel para assassinar politicamente” a Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina no Médio Oriente”.

“Trata-se de uma agressão contra o povo palestiniano” disse Al Quda acrescentando que a decisão israelita “é ilegal e inválida”.

Para o Executivo jordano é preciso manter o princípio de que os refugiados palestinianos têm o direito ao regresso e a receber compensações, “em linha com o Direito Internacional”. 

Neste sentido apelou à “imposição de medidas dissuasoras para assegurar a proteção do povo palestiniano, das agências da ONU e dos organismos humanitários” e alertou para as “consequências desastrosas da campanha contínua” de Israel contra a UNRWA na obstrução dos esforços de prestação de serviços básicos e de ajuda humanitária aos palestinianos.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Síria também se juntou às críticas, afirmando que “a entidade ocupante sionista continua a violar de forma flagrante as resoluções da ONU e o direito internacional” com a medida contra a UNRWA.

O Knesset é composto por 120 parlamentares sendo que 92 apoiaram a iniciativa e dez votaram contra.

O Comissário Geral da UNRWA, Philippe Lazzarini, reagiu à aprovação da legislação com um aviso de que se trata de um “precedente perigoso” e que “só aprofunda o sofrimento dos palestinianos”.

O projeto de lei israelita, apresentado pelos deputados Yulia Malinovsky, Dan Illouz e Boaz Bismuth – o primeiro do Yisrael Beitenu e os outros dois do principal partido da coligação de extrema-direita Likud, no poder em Israel – pode vir a impedir o organismo de operar em Israel e nos territórios palestinianos, revogando um texto em vigor desde 1967.

No passado mês de março, Israel acusou “um número significativo” de trabalhadores da UNRWA de “serem membros de organizações terroristas”, o que levou 16 países a suspender ou congelar o financiamento, privando a agência de 450 milhões de dólares e pondo em causa a continuidade das operações no terreno.

Em abril, uma investigação conduzida pela antiga ministra francesa dos Negócios Estrangeiros, Catherine Colonna, excluiu que as autoridades israelitas tivessem apresentado provas que fundamentassem as alegadas ligações terroristas atribuídas a vários dos funcionários da UNRWA.

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Fonte: www.noticiasaominuto.com

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