OE. PCP “não acompanha” proposta mas “quase que aposta” que será aprovada

“Quase que apostava que este orçamento vai ser viabilizado. Isto é tão contraditório. A gente vai ouvindo uma coisa e pensa assim ‘já está’, depois ouve outra e pensa assim ‘não pode ser'”, afirmou aos jornalistas o líder comunista, à margem de uma sessão dedicada aos 45 anos do Serviço Nacional de Saúde (SNS), na Amadora.

 

Para o PCP, garantiu, “a opção de voto está clara”.

 
“Não conhecemos o documento em concreto, mas tenho de admitir uma certa coerência do Governo: disse ao PS, disse a todos, que é um Orçamento do Estado que tem balizas”, afirmou, enumerando: o programa do Governo, os constrangimentos orçamentais impostos pela União Europeia e as opções de fundo do executivo PSD/CDS-PP, liderado por Luís Montenegro.

“Perante isto, mesmo não conhecendo o conteúdo, não há nenhuma possibilidade de nós acompanharmos um documento que tem essas balizas”, afirmou Raimundo, que confessou “estranhar” que “haja quem tenha alguma indefinição sobre o que vai fazer”.

O líder comunista acrescentou: “Não aposto quem vai viabilizar, mas tenho de registar que a clareza com que afirmamos o que vamos fazer não é a mesma clareza de outros”.

O próximo Orçamento, considerou, “não responde a nenhum dos problemas – salários, pensões, saúde, habitação – e vai acentuar cada um desses problemas, feito a partir das opções de fundo do Governo”.

“A aprovação do orçamento só interessa àqueles a quem o primeiro-ministro se terá dirigido de forma indireta – digo eu -, aos grandes grupos económicos, Galp, EDP, grupo CUF, à banca. Esses têm muita força e estão a fazer tudo para que o Orçamento do Estado seja aprovado, porque é um instrumento ao seu serviço”, afirmou o secretário-geral comunista.

O PCP, pelo contrário, sustentou, está “a fazer tudo para que as opções políticas sejam ao serviço da maioria e não de uma pequena maioria”.

Questionado se a eventual viabilização do OE2025 pelo PS pode pôr em causa futuros entendimentos com partidos da esquerda, Raimundo respondeu que “cada um vai ter de assumir as suas responsabilidades e decidir se põe ou não a mão por baixo de uma política contrária a tudo o que é necessário”.

[Notícia atualizada às 18h57]

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Fonte: www.noticiasaominuto.com

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