Cerca das 13h00 em Lisboa, o prémio de risco da França, medido entre os juros da obrigação francesa a dez anos e a obrigação alemã do mesmo prazo (considerada a mais segura da Europa), subia para 77,3 pontos base e a aproximar-se do espanhol, que se situava em 78,8 pontos, numa altura em que a situação política francesa e as suas dificuldades em cumprir as regras fiscais penalizam o país.
O rendimento da obrigação francesa de referência aumentou para 2,957%, enquanto o rendimento alemão atingiu 2,184%.
Entretanto, o prémio de risco da Espanha atingiu 78,8 pontos base, com o rendimento da dívida a 10 anos em 2,972%.
Os juros de Portugal a 10 anos estavam em 2,726%, contra 2,712% na segunda-feira.
Analistas da Generali Investments citados pela Efe alertam para o facto de a França ir dar o mote para o sentimento do mercado obrigacionista da zona euro.
Na opinião dos analistas, “o provável novo Governo tecnocrático terá como principal tarefa apresentar um plano orçamental para 2025 no início de outubro”, algo que lhes “parece no mínimo difícil, dada a falta de uma maioria no Parlamento, por um lado, e a necessidade de cumprir as novas regras orçamentais da UE, por outro”.
Neste sentido, acrescentam que a experiência mostra que o nível dos prémios de risco que um país tem de pagar depende da solidez do crescimento e das políticas fiscais a longo prazo, e asseguram que a França ainda tem de recuperar terreno neste aspeto.
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