As exportações brasileiras acumuladas até novembro totalizaram 317.821 milhões de dólares (272.941 milhões de euros), um valor recorde para o período e 1,8% acima dos primeiros onze meses de 2024, segundo dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
Mas as importações acumuladas até novembro cresceram a um ritmo maior, 7,2%, atingindo 259.982 milhões de dólares (223.269 milhões de euros), também o valor mais elevado para o período, o que acabou por reduzir o excedente comercial.
As vendas ao exterior continuaram a crescer apesar da forte queda das exportações para os Estados Unidos, devido ao tarifário de 50% que o Governo de Donald Trump impôs, a partir de agosto, sobre a importação de grande parte dos produtos brasileiros em represália pela alegada perseguição política ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Apesar de Brasil e Estados Unidos terem avançado em negociações comerciais e de Washington ter reduzido para 10% as tarifas sobre parte dos produtos afetados, incluindo café e carnes, as vendas para aquele mercado continuam em queda.
Só em novembro, as exportações para os Estados Unidos caíram 28,1% face ao mesmo mês do ano passado, enquanto o acumulado de onze meses regista uma redução de 6,7%.
A queda fez com que os Estados Unidos perdessem a posição de segundo maior parceiro comercial do Brasil.
A China mantém-se no primeiro lugar, tendo comprado até novembro produtos brasileiros no valor de 92.910 milhões de dólares (+4,2%). Em segundo lugar surge agora a União Europeia (UE), com 45.470 milhões de dólares (+0,6%).
Os Estados Unidos caíram para o terceiro posto, com 34.200 milhões de dólares (-6,7%), e a Argentina manteve-se em quarto, com 17.080 milhões de dólares (+36,8%).
A maior economia da América Latina registou no ano passado um excedente comercial de 74.600 milhões de dólares, o segundo maior da sua história, embora 24,6% inferior ao recorde alcançado em 2023 (98.838 milhões de dólares). A previsão é de que o saldo recue ainda mais em 2025.
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