“A construção desta extensão está concluída. A Rússia já não nos pode chantagear e temos a garantia de nos podermos abastecer do Ocidente”, anunciou o primeiro-ministro checo, Petr Fiala, em declarações aos jornalistas.
A República Checa, com uma população de 10,9 milhões, importou 58% do seu petróleo da Rússia em 2023 através do oleoduto Druzhba, de acordo com dados do Ministério da Indústria e Comércio.
Estas importações através deste oleoduto continuam e estão isentas das sanções decididas pela União Europeia (UE) após a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022.
Paralelamente, Praga começou em maio de 2023 a aumentar a capacidade da sua ligação ao oleoduto TAL, que liga a Itália à Alemanha, em funcionamento desde 1967 e pertencente a um consórcio ocidental.
O governo queria torná-lo uma fonte alternativa de abastecimento e a obra, financiada pela empresa estatal de transporte de petróleo Mero, custou 1,5 mil milhões de coroas checas (cerca de 60 milhões de euros).
As obras foram concluídas alguns meses antes do previsto. Em junho de 2023, a República Checa disse que poderia acabar com 60 anos de dependência do petróleo russo até meados de 2025, no máximo.
Até agora, o país dependia exclusivamente do oleoduto Druzhba, inaugurado na década de 1960, quando a Checoslováquia era aliada da União Soviética, para o seu abastecimento.
A Checoslováquia dividiu-se em República Checa e Eslováquia em 1993 e ambos os países aderiram à NATO e à UE.
Desde que regressou ao poder, em outubro de 2023, o primeiro-ministro nacionalista eslovaco, Robert Fico, tem vindo a reforçar os laços com o Kremlin.
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