A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, assegurou, esta sexta-feira, que nunca manteve qualquer contacto com o antigo secretário de Estado Lacerda Sales ou com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sobre o caso das gémeas luso-brasileiras tratadas em Portugal, na altura em que era presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN).
A governante, que está a ser ouvida na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ao caso na qualidade de ex-presidente do CHULN, deu esta garantia em resposta do deputado do Livre Paulo Muacho.
“Nunca tive nenhum contacto das pessoas que acabou de referir. Nem dessas pessoas nem de nenhumas outras”, assegurou.
Recorde-se que na origem deste caso está o tratamento hospitalar (em 2020) de crianças gémeas residentes no Brasil que adquiriram nacionalidade portuguesa e que receberam no Hospital de Santa Maria o medicamento Zolgensma. Com um custo de dois milhões de euros por pessoa, este fármaco tem como objetivo controlar a propagação da atrofia muscular espinal, uma doença neurodegenerativa.
O caso está ainda a ser investigado pela Procuradoria-Geral da República e a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde concluiu que o acesso à consulta de neuropediatria destas crianças foi ilegal.
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