Os serviços romenos de emergência anunciaram ter encontrado os corpos de quatro pessoas durante uma operação de busca na região mais atingida, Galati (sudeste), onde 5.000 casas foram afetadas.
“Devido à forte pluviosidade, registaram-se inundações” em 19 localidades do país e centenas de pessoas foram resgatadas, indicaram.
Até às 13:00 locais (menos duas horas em Lisboa), mais de 250 pessoas tinham sido retiradas das suas casas com a ajuda de 700 funcionários do Ministério do Interior destacados para as comunidades afetadas, segundo as autoridades.
O ministro do Ambiente, Mircea Fechet, relatou à agência The Associated Press que, em algumas das áreas mais inundadas, caíram mais de 160 litros de chuva por cada metro quadrado, o que, disse, é uma ocorrência rara.
“O que estamos a tentar fazer neste momento é salvar o maior número de vidas possível”, disse o ministro, que se deslocou a Galati para avaliar a situação.
O Presidente romeno, Klaus Iohannis, apresentou as suas condolências às famílias das vítimas, escrevendo na rede social Facebook: “Temos de continuar a reforçar a nossa capacidade de antecipar fenómenos meteorológicos extremos”.
“As graves inundações que afetaram uma grande parte do país causaram a perda de vidas e danos significativos”, disse Iohannis, que acrescentou: “Estamos novamente a lidar com os efeitos das alterações climáticas, que estão cada vez mais presentes em todo o continente europeu, com consequências dramáticas para as pessoas”.
O mau tempo está a atingir vários outros países.
Na República Checa, foram mobilizados 100.000 bombeiros e foram registados quase 2.900 incidentes na sexta-feira, principalmente quedas de árvores e inundações.
Cerca de 50.000 casas ficaram hoje sem eletricidade, de acordo com a companhia de eletricidade CEZ, enquanto um hospital da cidade de Brno (sudeste) foi evacuado esta manhã.
O estado de emergência foi declarado em Bratislava, a capital da Eslováquia, assim como na região nordeste da Morávia.
Do lado polaco, é no sudoeste que a situação parece mais precária, segundo o governo, e as próximas horas serão as mais difíceis.
O posto fronteiriço polaco-checo de Golkowice foi encerrado, depois de um rio ter transbordado as suas margens, enquanto caminhos-de-ferro e estradas foram interditos ao trânsito.
Na Áustria, foram registados ventos de até 146 quilómetros por hora no sul do país, enquanto no norte se registou uma precipitação de até 170 litros por metro quadrado.
Em Viena, a capital, os bombeiros responderam a cerca de 150 pedidos nas últimas 24 horas para desobstruir artérias entupidas com detritos ou para bombear água das caves, de acordo com os meios de comunicação social locais.
Embora o “pico ainda não tenha sido atingido”, segundo o chanceler Karl Nehammer, 4.000 casas na região da Estíria estão sem eletricidade.
Nas zonas montanhosas do oeste, a neve está a dificultar o trânsito em várias estradas e os serviços de salvamento procuravam um homem dado como desaparecido após uma avalanche.
O Tirol está coberto, em alguns locais, por até um metro de neve, uma situação excecional para meados de setembro, quando na semana passada foram registadas temperaturas superiores a 30 graus.
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