“A perda de vidas, de lares e de recursos naturais fere de forma terrível todas as pessoas e convida a que este momento seja vivido em união de oração e de ação”, sublinha uma nota hoje divulgada pelo Patriarcado de Lisboa.
O bispo católico da capital presta, também, “homenagem a todos os homens e mulheres que combatem as chamas, bombeiros, proteção civil, forças de segurança e civis” e invoca o “Espírito Santo, pedindo que a todos fortaleça, encoraje e guie nestes momentos de maior tensão e desgaste físico e emocional”.
Na nota, Rui Valério apela à população “que assuma todos os gestos e atitudes da maior responsabilidade na prevenção dos fogos” e que “sejam seguidas todas as indicações dadas pelas autoridades competentes”.
Pelo menos sete pessoas morreram e 40 ficaram feridas, duas com gravidade, nos incêndios que atingem desde domingo a região norte e centro do país, como Oliveira de Azeméis, Albergaria-a-Velha e Sever do Vouga, distrito de Aveiro, destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas, como a A1, A25 e A13.
O Governo alargou até quinta-feira a situação de alerta devido ao risco de incêndios, face às previsões meteorológicas, e anunciou a criação de uma equipa multidisciplinar para lidar com as consequências dos fogos dos últimos dias, coordenada pelo ministro-adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, que teve hoje a sua primeira reunião em Aveiro.
Luís Montenegro cancelou hoje toda a sua agenda como primeiro-ministro e adiou o Congresso do PSD, previsto para o próximo fim de semana em Braga para acompanhar em permanência a evolução do combate aos incêndios.
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