“Foi-lhe atribuída a qualidade de arguido enquanto prossegue a investigação criminal. Esta pessoa beneficia do princípio da presunção de inocência até que haja uma resolução judicial firme e nos termos da lei”, afirmou o porta-voz do Ministério Público, Emil Gaitur, em declarações ao canal televisivo local TV8.
O porta-voz indicou que os procuradores estão a tentar descobrir o envolvimento do suspeito e que informações terá partilhado com “potências estrangeiras”. Além disso, procuram analisar o impacto dos alegados crimes nos interesses e na segurança do país.
Vários meios de comunicação social moldavos relataram que Igor Gorgan teria fornecido a Moscovo informações sobre a visita de vários altos funcionários da Defesa da Ucrânia ao território do país, onde teriam solicitado mais armas e munições no âmbito da invasão russa, iniciada em fevereiro de 2022.
Após ter sido detido, em junho passado, Gorgan foi destituído do seu posto e viu serem-lhe retiradas todas as condecorações militares.
A situação levou o Governo da Moldova a solicitar também a demissão do atual chefe das Forças Armadas, Eduard Ohladciuc. Numa carta enviada à Presidente do país, Maia Sandu, o executivo alegou motivos supostamente contratuais.
Leia Também: Rússia protesta sobre alegado envio de F-16 para território moldovo