O líder da federação de sindicatos israelita Histadrut, Arnon bar David, deu ‘luz verde’ para uma “greve geral” em apoio aos reféns que ainda estão em Gaza sob o controlo do Hamas, apelando a que um acordo entre Israel e o grupo islamita acontecesse.
“Temos de parar o abandono dos reféns. Cheguei à conclusão de que apenas a nossa intervenção como abanar aqueles que precisam de ser abanados”, afirmou o responsável, citado pela Agência France-Presse (AFP).
Numa nota, o líder dos sindicatos garantiu que “a partir das 6 horas de amanhã [2 de setembro], a economia israelita vai entrar toda em greve”.
E Arnon bar David explica como está a pensar neste ‘abanão’, dizendo que “todas as partidas e chegadas no aeroporto de Ben Gurion vão parar a partir das 8 horas”.
“Precisamos de ter um acordo. Um acordo é mais importante do que qualquer outra coisa”, considerou, defendendo que o que ainda não tinha feito um acordo para a recuperação so reféns avançar eram “as considerações políticas”, algo que este considerava “inaceitável”.
Esta declaração surge depois de o exército israelita ter anunciado a recuperação de mais seis corpos de reféns israelitas que foram levados no ataque de 7 de Outubro. Segundo a AFP, há 97 reféns que continuam sob o controlo do Hamas, 33 dos quais estarão mortos.
O Hamas responsabilizou Israel e os Estados Unidos pela morte destas seis pessoas, dado que, segundo o gripo islamita, a morte dos mesmos aconteceu na sequência de bombardeamentos israelitas em território onde o Hamas está.
Este líder sindicalista já tinha, em fevereiro passado, instando o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, a convocar eleições e assumir responsabilidade por não ter evitado o ataque do Hamas em outubro. Já na altura admitiu a possibilidade de uma greve geral.
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