Acordo de cessar-fogo em Gaza? “A aproximar-nos do fim da primeira fase”

“Estamos a aproximar-nos do fim da primeira fase (…) A nossa política manter-se-á firme e independente. Decidimos as ações, decidimos as respostas. Decidimos o que deve ser feito para garantir a segurança de Israel e a segurança dos soldados israelitas”, disse Netanyahu num comunicado.

 

Nesta segunda fase, espera-se que sejam abordados o desarmamento do grupo islamista palestiniano Hamas, a implementação de um governo tecnocrático de transição para a Faixa, a chegada de uma força internacional de estabilização e a hipotética retirada de Israel, que agora controla mais de 50% de Gaza, entre outros pontos do acordo.

“A nossa política é clara: não toleraremos uma violação sistemática do acordo de cessar-fogo, ao qual o Hamas se comprometeu ao abrigo do plano. Quem tentar enviar, dirigir ou organizar o terror contra nós está na mira”, sublinhou Netanyahu.

O exército israelita matou pelo menos 380 palestinianos nos primeiros dois meses do cessar-fogo na Faixa de Gaza e feriu outros 992, segundo números do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.

Durante estes dois meses, além disso, Israel tem demolido edifícios e casas quase diariamente, especialmente nas áreas que permanecem dentro da chamada linha amarela, o ponto para onde as tropas israelitas se retiraram para dentro da Faixa de Gaza, como parte da primeira fase do acordo de cessar-fogo, e para onde os civis de Gaza estão proibidos de ir.

O Hamas também acusa Israel de violar o acordo de cessar-fogo diariamente, causando dezenas de mortes civis.

O exército israelita, por sua vez, descreve estas “baixas” como “alegados terroristas” porque, segundo o seu relato, tentam violar a linha amarela, mas a população de Gaza rejeita esta versão e afirma que o perímetro e delimitação estão constantemente a mudar.

As principais organizações de direitos humanos consideram improvável que Israel retire todas as suas tropas de Gaza, tendo em conta que o Governo de Netanyahu sempre se opôs, argumentando que é a única forma de garantir a segurança das comunidades fronteiriças com o enclave.

No total, desde que Israel iniciou a sua ofensiva em Gaza após os ataques do Hamas em 07 de outubro de 2023, mais de 70.600 palestinianos foram mortos e mais de 171.095 ficaram feridos, segundo as autoridades palestinianas, numa ofensiva considerada genocídio por alguns países, diferentes organizações não-governamentais e relatores internacionais.

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Fonte: www.noticiasaominuto.com

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