Air Europa reconhece que cancelar voos para a Venezuela gera perdas

Os aviões da Air Europa nesta rota, com cinco frequências semanais, estavam 100% vendidos e muitos dos clientes que compraram e pagaram os seus bilhetes solicitarão o reembolso do valor, enquanto outros esperarão para voar quando puderem, explicou à agência EFE na reabertura de um hotel do grupo na República Dominicana.

 

Estudou-se a possibilidade de transportar os passageiros afetados pela suspensão das operações na Venezuela através de Cartagena das Índias, na Colômbia, mas foi descartada porque são dois dias de autocarro, acrescentou.

Além disso, devido à paragem dos seus voos para Caracas, a Air Europa tem mais um avião parado – que está em Madrid e que está a pagar -, mas não pode aproveitá-lo para a rota Madrid-Nova Iorque, que opera com um avião alugado (A350) à Iberojet, porque “há um contrato que tem de ser cumprido”, explicou.

No entanto, dado que no Natal a companhia aérea aumenta as suas frequências em muitas rotas, pode dar uso a esses aviões que tem em “standby”, o que, por outro lado, permite ter margem de manobra caso surja algum problema, já que, segundo Hidalgo, “há uma grande diferença de qualidade” entre um avião da companhia e um avião contratado.

A Air Europa suspendeu as suas operações para Caracas no passado dia 24 de novembro e irá mantê-las canceladas, por enquanto, até ao próximo dia 19 de dezembro, dependendo da evolução da situação na zona da capital venezuelana e do sul das Caraíbas, devido à situação tensa que se vive na região.

Além da Air Europa, outras companhias como a Iberia, a Plus Ultra (Espanha) ou a TAP mantêm as suas operações suspensas e não têm concessão de voos na Venezuela por ordem do Instituto Nacional de Aeronáutica Civil (INAC) do país.

Hidalgo explicou que a Air Europa tinha um plano de voo preparado para não deixar as suas tripulações em Caracas, para que não corressem perigo, “mas, no final, foi a Agência Estatal de Segurança Aérea (AESA) que nos aconselhou a não operar”.

O plano era fazer, com tripulação reforçada, Madrid-Caracas-Las Palmas e trocar as tripulações em Las Palmas e, de lá, voar para Madrid com outras, precisou.

Quanto à revogação da licença por parte da Venezuela, é um assunto que não preocupa Hidalgo, porque acredita que, assim que a situação se normalizar, ela será devolvida no dia seguinte.

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Fonte: www.noticiasaominuto.com

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