“Essa hipótese está aberta. Nunca digas não. Eu sinto-me bem, sinto-me com saúde, que é o mais importante. Depende das oportunidades”, referiu aos jornalistas o ex-selecionador português, depois de ter sido distinguido pela Universidade Lusófona com o título de doutor honoris.
Carlos Queiroz está sem treinar desde que deixou o cargo de selecionador do Qatar em 06 de dezembro do ano passado.
O português tinha assinado em fevereiro de 2023 um vínculo válido por quatro temporadas, tendo em vista a qualificação para o Campeonato do Mundo de 2026, tendo iniciado a fase de qualificação com vitórias frente a Afeganistão (8-1) e Índia (3-0).
Queiroz, de 71 anos, recordou, no entanto, que já treina há 46 anos “sem nunca ter parado”.
“Eu tive a sorte, o privilégio, de nunca ter parado sequer duas/três semanas entre um trabalho e outro. Portanto, isso obriga-me a uma reflexão e saber exatamente o que é quero para o próximo passo”, sustentou.
O treinador salientou ainda que gosta de “ver e jogar futebol”.
“Eu gosto do futebol por si e é isso que me faz continuar. E se puder, é no jogo [que quero estar]. Se puder ter uma opção, é exatamente nas quatro linhas. (…) Fiz um percurso de vida enque primeiro decidi e depois pensei e algumas vezes não me dei muito bem com isso, mas agora estou a tentar pensar primeiro e decidir depois. Se calhar até vai ser pior, não sei”, observou.
Antes de abandonar o Qatar, Queiroz, que foi selecionador português em dois períodos (1991/93 e 2008/10), tinha deixado a seleção do Irão também após o Mundial2022, para o qual tinha sido contratado em substituição do croata Dragan Skocic.
Ao longo de 30 anos de uma carreira iniciada em 1991, Queiroz esteve à frente de seis seleções: Emirados Árabes Unidos (1999), África do Sul (2000 a 2001), Colômbia (2019 a 2020), Portugal (1991 a 1993 e 2008 a 2010), Irão (2011 a 2019 e 2022) e Egito (2021 a 2022).
A nível de clubes, Queiroz foi adjunto de Alex Ferguson no Manchester United e orientou em seniores o Sporting, New York/New Jersey MetroStars (Estados Unidos), atual New York Red Bulls, o Nagoya Grampus (Japão) e o Real Madrid, tendo como ponto mais alto da carreira a conquista de dois mundiais de sub-20, então como selecionador do escalão em Portugal.
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