A declaração foi feita pelo porta-voz da diplomacia chinesa Guo Jiakun, em resposta a perguntas sobre notícias divulgadas por vários órgãos de comunicação dos EUA, segundo as quais a ByteDance, empresa-mãe do TikTok, terá acordado transferir o controlo da sua operação norte-americana para uma nova estrutura societária.
Segundo um memorando citado pela imprensa, a nova empresa de risco partilhado contará com participação do grupo tecnológico Oracle, do fundo Silver Lake e do fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos MGX, que juntos deterão 45% do capital.
Cerca de 33% ficará com subsidiárias de investidores que já detêm participação na ByteDance, enquanto a empresa chinesa manterá uma fatia de aproximadamente 18%.
O acordo deverá ser formalizado até 22 de janeiro de 2026, véspera do prazo fixado pelo Departamento de Justiça norte-americano para a suspensão das operações do TikTok, caso não tenha sido criada uma entidade juridicamente separada da ByteDance, como determina a lei aprovada pelo Congresso dos EUA em 2024.

TikTok aceita venda a norte-americanos para evitar proibição nos EUA
O TikTok chegou a acordo para vender as suas operações nos EUA a uma ‘holding’ liderada por investidores norte-americanos, de forma a continuar a operar legalmente no país, noticiaram vários meios de comunicação social.
Lusa | 07:10 – 19/12/2025
A legislação, invocando motivos de segurança nacional, exige que a ByteDance não tenha acesso aos servidores onde são armazenados os dados dos utilizadores da aplicação de vídeos curtos.
Desde que regressou ao poder, em janeiro, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prorrogou por várias vezes a aplicação da lei, permitindo que a sua Administração negociasse a alienação das operações do TikTok no país.
Em setembro, após uma série de encontros entre representantes de Washington e Pequim, os dois países anunciaram um quadro de princípio para a operação.
Trump afirmou então que o acordo contava com a “aprovação provisória” do Presidente chinês, Xi Jinping, devendo ser fechado durante a cimeira entre ambos em outubro, na Coreia do Sul.
No entanto, até ao momento, Pequim não confirmou oficialmente o entendimento, mantendo-se em silêncio sobre os detalhes do processo. A China detém uma chamada “ação dourada” na ByteDance, que lhe confere direito de veto sobre decisões estratégicas da empresa.
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