O EI reivindicou a responsabilidade antes de os talibãs reconhecerem o incidente, que ocorreu na quinta-feira e visou pessoas que viajavam entre as províncias de maioria xiita de Ghor e Daikundi.
Segundo o EI, um grupo de homens armados utilizou uma metralhadora no ataque.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão, Nasser Kanaani, citado pela agência noticiosa iraniana, afirmou que o grupo tinha como alvo as pessoas que acolhiam os xiitas afegãos que regressavam de uma visita a santuários no Iraque.
O porta-voz apelou a uma ação imediata para punir os autores do crime.
A filial do EI no país, um dos principais rivais dos talibãs, tem desafiado o controlo das autoridades afegãs sobre a segurança interna, atacando escolas, hospitais, mesquitas e zonas xiitas nos últimos três anos.
O porta-voz principal dos talibãs, Zabihullah Mujahid, condenou veementemente a “ação bárbara” de quinta-feira e afirmou que as autoridades consideravam sua obrigação proteger as pessoas e os seus bens.
“Estamos também a envidar sérios esforços para encontrar os autores e levá-los à justiça”, acrescentou.
No início deste mês, um bombista suicida do EI detonou o seu colete carregado de explosivos num gabinete do procurador na capital, Cabul.
Em maio, uma motorizada armadilhada explodiu na província de Badakhshan, no nordeste do país, matando agentes da polícia que faziam parte de uma campanha contra o cultivo de papoilas.
Um perito em direitos humanos nomeado pela ONU, Richard Bennett, disse estar alarmado com a vaga de ataques reivindicados pelo EI.
Os terríveis assassínios de xiitas Hazara têm as caraterísticas de crimes internacionais, frisou Bennett, que os talibãs impediram de entrar no Afeganistão.
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