Este retorno às aulas acontece depois de o antigo governo ter ordenado o fecho de todas as escolas no dia 16 de julho, no auge do protesto contra uma reforma que autoriza o regresso das quotas no emprego público.
“As aulas foram retomadas em modo festivo em quase todas as faculdades”, confirmou à AFP Mohammad Mahbub Quaisar, supervisor universitário.
Já Kalimulla Al Kafi, de 25 anos, afirmou: “Hoje tenho a impressão de que posso ir para a aula com total liberdade”.
Nesta reabertura oficial, os edifícios universitários exibiram cartazes como apelos à “destruição das portas da prisão” ou à celebração do “renascimento” do Bangladesh.
O protesto que provocou a queda de Sheikh Hasina começou em junho, após a reintrodução de quotas na função pública, uma medida que beneficiava os descendentes de veteranos da guerra de independência do país.
Esta decisão despertou a ira dos estudantes, para quem estas quotas visavam principalmente beneficiar pessoas próximas da Liga Awami, o partido que estava no poder desde 2009.
Estima-se que mais de 450 pessoas tenham morrido nas semanas de protestos.
Sheikh Hasina fugiu do país no início de agosto, antes da multidão invadir o seu palácio em Daca, e encontrou refúgio na Índia.
Desde então, um governo liderado pelo vencedor do Prémio Nobel da Paz, Muhammad Yunus, garantiu a transição até às eleições gerais.
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