Os Estados Unidos indiciaram, esta quarta-feira, dois funcionários da emissora estatal russa RT – anteriormente denominada de Russia Today – e acusaram o Kremlin de levar a cabo uma operação secreta para interferir nas eleições presidenciais de novembro.
Segundo a CNN Internacional, a RT e dois dos seus gestores sediados em Moscovo orquestraram “um esquema de 10 milhões de dólares para criar e distribuir conteúdos para o público americano com mensagens ocultas do governo russo”.
O Departamento de Justiça apreendeu também 32 domínios da Internet utilizados por “atores russos” para a alegada operação.
Em comunicado, a procuradora-geral adjunta norte-americana, Lisa Monaco, adiantou ainda que, “sob a direção do presidente russo, Vladimir Putin, três empresas russas utilizaram perfis falsos para promover narrativas falsas nas redes sociais”.
Já de acordo com o procurador-geral dos Estados Unidos, Merrick Garland, o conteúdo era consistente com o objetivo da Rússia de promover as divisões entre Donald Trump e Kamala Harris, havendo ainda publicações anti-Ucrânia.
“O povo americano tem o direito de saber quando uma potência estrangeira está a tentar explorar a livre troca de ideias do nosso país para enviar a sua própria propaganda”, disse o responsável, citado pela CBS News.
As eleições presidenciais norte-americanas realizam-se a 5 de novembro e têm como candidatos Kamala Harris, pelo Partido Democrata, e Donald Trump, pelo Partido Republicano.
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