O presidente da região da Toscânia, Eugenio Giani, adiantou hoje, à margem de uma visita à refinaria de Calenzano, que “ainda há 14 pessoas hospitalizadas, duas das quais em situação crítica, na unidade de queimados do centro de Cisanello, em Pisa”.
Segundo as autoridades, as investigações ao acidente ainda prosseguem — tendo a procuradoria de Prato aberto uma investigação de homicídio múltiplo sem suspeitos -, mas, de acordo com uma reconstrução inicial, a explosão deverá ter sido provocada por uma fuga de combustível durante o abastecimento dos camiões-cisterna.
Uma das vítimas mortais era um dos condutores dos camiões-cisterna que carregavam o combustível, sendo necessário esperar pelos resultados de testes ADN para determinar a identidade dos restantes mortos.
A forte explosão, que ocorreu cerca das 10:15 locais de segunda-feira (09:15 de Lisboa), e foi ouvida em muitas partes da província, provocou uma coluna alta de fumo negro visível nas cidades vizinhas.
Na ocasião, a Proteção Civil aconselhou as populações a “fecharem as janelas” e a não se aproximarem da zona do acidente, tendo sido imediatamente destacados para o local técnicos da agência regional de proteção do ambiente para avaliar os possíveis efeitos dos poluentes do acidente.
“Não existem riscos para a saúde. As concentrações no ar ao nível do solo desde a conclusão das operações de extinção devem ser consideradas negligenciáveis e a nuvem de fogo dispersou-se em altitude num período de tempo relativamente curto”, adiantou hoje a agência ambiental da região da Toscânia.
A ENI, empresa pública italiana, é um dos principais atores no setor do petróleo e do gás do país, sendo a sua fábrica em Calenzano responsável pela receção, armazenamento e distribuição de gasolina, gasóleo e petróleo que chegam ao local através de dois oleodutos ligados à refinaria na cidade costeira de Livorno.
Leia Também: Explosão em refinaria em Florença faz pelo menos dois mortos
