“A resistência e as suas armas são um direito legítimo garantido pelo direito internacional e estão ligadas à criação de um Estado palestiniano”, declarou Hayya, numa mensagem divulgada pela televisão Al-Aqsa, ligada ao Hamas.
“Estamos dispostos a estudar qualquer proposta que preserve esse direito e garanta a criação de um Estado palestiniano”, acrescentou.
Fruto de fortes pressões norte-americanas, uma trégua entrou em vigor em 10 de outubro na Faixa de Gaza, pouco mais de dois anos após o início da guerra desencadeada pelo ataque sem precedentes do Hamas, em 7 de outubro de 2023, em Israel.
“Não há futuro para o Hamas na Faixa de Gaza, eles serão desarmados”, reafirmou na quinta-feira uma porta-voz do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, após uma proposta do movimento islâmico palestiniano de um simples “congelamento” ou “armazenamento” do seu arsenal.
O acordo de cessar-fogo, que deverá conduzir ao fim da guerra e à reconstrução do território palestiniano, já permitiu uma retirada parcial das tropas israelitas da Faixa de Gaza, bem como a troca de reféns israelitas por detidos palestinianos presos por Israel.
Israel aguarda a devolução do último refém retido em Gaza antes de iniciar as negociações sobre a segunda fase do acordo.
Esta fase prevê o desarmamento do Hamas, a retirada progressiva do exército israelita de todo o território, a criação de uma autoridade de transição e o envio de uma força internacional.
Khalil al-Hayya confirmou ainda que o responsável pela produção de armas do grupo foi morto no sábado, durante um ataque israelita contra o território palestiniano.
“O povo palestiniano está a atravessar um período difícil e a sofrer enormemente (…) com o martírio de mais de 70.000 pessoas, sendo as últimas vítimas o comandante Raed Saad e os seus companheiros”, afirmou Hayya.
Israel anunciou no sábado ter matado Raed Saad, descrevendo-o como “um dos arquitetos” do ataque do Hamas de outubro de 2023.
Segundo Telavive, o comandante dirigia o quartel-general da produção de armas do braço militar do Hamas.
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