Huthis acusam Israel de violar soberania libanesa com explosões de ‘pagers’

“Condenamos o ataque israelita contra a segurança do Líbano, que afetou numerosos civis, considerando-o um crime e uma violação da soberania libanesa”, declarou o porta-voz dos rebeldes do Iémen, Mohamed Abdelsalam, numa breve mensagem na rede social X, apresentando as suas condolências às famílias dos falecidos.

 

O porta-voz dos Huthis manifestou a sua confiança sobre o Hezbollah ser “capaz de enfrentar todos os desafios”, afirmando ainda que o grupo libanês “é capaz de dissuadir o inimigo sionista e fazê-lo pagar um preço elevado por qualquer possível escalada no Líbano”.

Pelo menos nove pessoas morreram e cerca de 2.800 ficaram hoje feridas, 200 das quais com gravidade, em resultado de explosões de ‘pagers’ portáteis em Beirute e noutros pontos do Líbano, anunciou o Ministério da Saúde libanês.

O Hezbollah confirmou que dois membros do movimento morreram na cadeia de explosões.

“Por volta das 15:30 [13:30 em Lisboa] desta terça-feira, explodiram uma série de dispositivos de mensagens conhecidos como ‘pagers’, que estão na posse de vários trabalhadores de diferentes unidades e instituições do Hezbollah”, descreveu o grupo xiita num primeiro comunicado.

Entre os feridos, encontra-se o embaixador do Irão no Líbano, Mojtaba Amani, de acordo com a televisão estatal de Teerão, mas os seus ferimentos são ligeiros.

Contactadas por várias agências noticiosas internacionais, as autoridades israelitas não se pronunciaram sobre os acontecimentos de hoje no Líbano.

Ainda não é claro como é que os dispositivos utilizados no Líbano foram preparados para explodir.

As detonações simultâneas ocorreram sobretudo em zonas do sul do país e nos subúrbios de Beirute controlados pelo movimento armado, que está envolvido em intenso fogo cruzado com Israel há mais de onze meses.

Os Huthis e o Hezbollah fazem parte da aliança informal anti-Israel denominada “Eixo da Resistência”, que é liderada pelo Irão e composta por outros grupos como as milícias pró-Irão do Iraque ou do grupo islamita palestiniano Hamas, entre outros.

Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em 07 de outubro, o movimento iemenita lançou centenas de ataques contra a navegação comercial no Mar Vermelho e diretamente contra o território israelita, ações que causaram graves danos, ferimentos a múltiplas pessoas e até mortes.

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Fonte: www.noticiasaominuto.com

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