Infertilidade? Se for eleito, Trump promete “tratamentos pagos”

O antigo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse, esta quinta-feira, que se fosse eleito iria garantir o acesso a tratamentos de fertilização in vitro – a custo do Estado ou das companhias de seguro.

 

“Vamos, com a administração Trump, pagar esse tratamento”, referiu Trump em entrevista à NBC News antes de acrescentar: “Vamos obrigar as companhias de seguro a pagar”.

Questionado sobre uma clarificação sobre quem ia pagar estes tratamentos – se o Estado, se as companhias se seguro -, Trump reiterou que uma das opções seriam as seguradores pagarem “sob um mandato, sim”.

O magnata nova-iorquino, de 78 anos, presidente entre 2017 e 2021, disse que vai apoiar esta medida porque quer que haja “mais bebés”.

“Pela mesma razão, vamos também permitir que os novos pais deduzam dos seus impostos as grandes despesas com o recém-nascido (…) Somos a favor da família. Nunca ninguém disse isto antes, mas os tratamentos de inseminação artificial são caros. Para muitas pessoas é muito difícil fazê-lo e obtê-lo, mas eu sou a favor da fertilização in vitro (FIV) desde o início”, acrescentou.

A página da internet healthinsurance.org, que fornece um guia para as seguradoras, refere que a legislação federal dos Estados Unidos não exige que nenhum plano de seguro pague o tratamento de fertilidade porque a reprodução assistida não é considerada um benefício de saúde essencial.

No entanto, até ao final de 2023, de acordo com os dados publicados no ‘site’, 21 dos 50 estados do país e o Distrito de Colúmbia, que inclui a capital, Washington DC, tinham aprovado leis que exigiam que pelo menos alguns planos de seguro regulados pelo Estado cobrissem parcialmente os serviços de infertilidade.

Recorde-se que ainda a semana passada Donald Trump referiu que “não se arrependia” da influência que teve junto do Supremo Tribunal dos Estados Unidos, já que foi ele que escolheu os juízes que reverteram a garantia o direito ao aborto no país, conhecida como Roe vs. Wade. O caso aconteceu em 2022, e o facto de esta lei ter sido revertida – e as implicações que tem, nomeadamente, na criminalização em casos de aborto em alguns estados – são um ataque aos direitos reprodutivos.

E, em termos de direitos, recorde-se também que o número 2 de Trump, JD Vance, se viu envolvido numa polémica quando chamou ‘Cat Lady’ a Kamala Harris, que não tem filhos biológicos. O tema surgiu depois de nas redes sociais surgirem declarações proferidas em 2021. JD Vance utilizou a expressão para criticar outros democratas, dizendo que “um grupo de senhoras sem filhos e com gatos são miseráveis nas suas vidas e também com as escolhas que fizeram”.

Vance apontou ainda que “tal como as escolhas miseráveis que fizeram na suas vidas, também queriam fazer o resto do país miserável”, numa forma para dizer que os democratas não tinham condições para estar à frente dos EUA.

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Fonte: www.noticiasaominuto.com

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