“Condenamos o ataque violento em Sydney, Austrália”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Esmail Baghaei, numa breve mensagem na rede social X, salientando que o assassínio e matança de pessoas, “onde quer que ocorram, são inaceitáveis e devem ser condenados”.
Também vários países árabes, como Qatar, Emirados Árabes Unidos, Líbano e Jordânia expressaram repúdio pelo ataque.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros qatari afirmou, numa breve declaração, a posição do país “contra a violência, o terrorismo e os atos criminosos, independentemente dos motivos ou razões”, posição partilhada pelos Emirados, que condenaram qualquer ação que “procure minar a segurança e a estabilidade”.
Por sua vez, a presidência libanesa alertou que “os valores humanos, antes de mais o direito à vida, são princípios universais e constantes, não sujeitos a discricionariedade, caprichos ou aplicação seletiva”.
“Assim como condenamos e rejeitamos os ataques a civis inocentes na Faixa de Gaza, no sul do Líbano ou em qualquer região do mundo, também, pelo mesmo princípio e dever, condenamos o que aconteceu em Sydney”, disse o Presidente libanês, Joseph Aoun, numa nota.
Também alertou que a responsabilidade por estas tragédias “reside nos sistemas que espalham ideias de ódio, extremismo, rejeição do outro e a busca violenta de sistemas de monopólio religioso, étnico ou político”, sem visar qualquer grupo.
Aoun apelou à comunidade internacional para “trabalhar no combate ao terrorismo através de um confronto abrangente com os seus perpetradores, bem como com as suas ideologias, mentalidades e todos os seus pretextos”.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Jordânia transmitiu apoio à Austrália e rejeitou “todas as formas de violência e terrorismo que procurem minar a segurança e a estabilidade”.
Na Europa, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, condenou “veementemente” o “ataque antissemita”.
“Devemos trabalhar incansavelmente para erradicar o antissemitismo e o terrorismo. Eles não têm lugar na nossa sociedade”, afirmou, numa mensagem escrita em inglês na rede social X.
O chefe do Governo polaco e antigo presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, enviou “as mais profundas condolências às famílias das vítimas do terrível ataque terrorista”.
“O antissemitismo, onde quer que apareça, conduz a atos criminosos. Hoje, a Polónia está ao lado da Austrália neste momento de luto”, escreveu na rede social X.
O Presidente argentino, Javier Milei, aliado político do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, expressou “horror” perante o ataque.
“Horror. Fazem-no no início do Hanukkah. A festa em que poucos derrotam muitos. A festa que nos lembra que a luz vence as trevas. E isto é verdade ‘porque a vitória em batalha não depende do número de soldados, mas das forças que vêm do céu.’ Ânimo!” escreveu o líder argentino na sua conta X.
Dois atacantes dispararam hoje contra uma multidão que celebrava o Hanukkah na praia de Bondi, em Sydney.
Segundo vários media, pelo menos 12 pessoas foram mortas, incluindo um dos dois atacantes, e há três dezenas de feridos transportados para os hospitais da zona.
Mortes em tiroteios em massa são extremamente raras na Austrália. Um massacre em 1996 na cidade de Port Arthur, na Tasmânia, onde um atirador solitário matou 35 pessoas, levou o governo a endurecer drasticamente as leis sobre armas e tornou muito mais difícil para os australianos adquirirem armas de fogo.
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