“É uma nomeação temporária. Não vai durar muito tempo”, disse Gallant numa breve mensagem na rede social X, poucas horas depois de o grupo ter anunciado que o seu antigo secretário-geral adjunto iria substituir Hassan Nasrallah, morto no final de setembro num bombardeamento israelita na capital libanesa, Beirute.
As afirmações de Gallant constituem uma referência ao facto de Qassem ser um novo alvo do exército israelita.
O Hezbollah anunciou hoje que Qassem tinha sido nomeado novo secretário-geral e comprometeu-se a “manter a chama da resistência acesa e a bandeira hasteada até à vitória”, no meio de combates de mais de um ano com o exército israelita e da nova invasão do Líbano, desencadeada em 01 deste mês pelas tropas israelitas.
A nomeação veio do Conselho Shura do Hezbollah, o mais alto órgão do grupo xiita libanês, e foi aprovada “em linha com o mecanismo existente” para eleger o líder do movimento, segundo informações recolhidas pela cadeia de televisão al-Manar, ligada ao Hezbollah.
“O Conselho Shura aprovou a eleição da sua eminência, o xeque Naim Qassem, como secretário-geral do Hezbollah. Pedimos a Deus Todo-Poderoso que guie sua eminência, o secretário-geral Naim Qassem, nesta nobre missão de liderar o Hezbollah e a resistência islâmica”, referiu o canal.
A nomeação de Qassem como novo líder do grupo ocorre mais de um mês depois de Nasrallah ter sido morto num bombardeamento israelita em Beirute e de o seu primo e favorito para o suceder como líder do Hezbollah, Hashem Safiedine, ter sido confirmado morto num outro ataque na capital libanesa alguns dias depois.
O exército israelita desencadeou uma nova invasão do Líbano após semanas de pesados bombardeamentos e ataques contra o país, incluindo a explosão coordenada de milhares de aparelhos de comunicação, na sequência de mais de 11meses de combates com o Hezbollah na zona fronteiriça.
O Governo libanês calcula em cerca de 2.700 o número de mortos e cerca de 12.500 o número de feridos nos ataques israelitas desde 08 de outubro de 2023, depois de as milícias terem começado a disparar obuses em apoio dos grupos palestinianos, na sequência de ataques em território israelita no dia anterior.
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