“Nunca houve um G7 da Defesa, mas vai haver pela primeira vez este ano em Itália, porque eu queria muito que um G7 se ocupasse da Defesa”, declarou Crosetto em Praga, durante a reunião do Fórum Globsec, um encontro dedicado, entre outras coisas, à defesa e à política externa europeia, de acordo com um comunicado de imprensa do seu ministério.
O ministro disse considerar “absurdo que o G7 se preocupe com o turismo (…) mas nunca tenha tratado da defesa”.
A Itália assume este ano a presidência do G7, um grupo dos países mais ricos do mundo que inclui o Canadá, a França, a Alemanha, o Japão, o Reino Unido e os Estados Unidos.
Crosetto também apoiou a decisão da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciada na sexta-feira em Praga, de criar o cargo de Comissário da Defesa.
“A Europa nunca esteve envolvida na Defesa, nem sequer existe um Comité de Defesa da UE”, lamentou.
Para o ministro, “a escolha de Ursula von der Leyen indica um novo caminho para a Europa, que começou no rescaldo da invasão russa da Ucrânia”.
“Pensámos que bastava sermos amigos dos Estados Unidos e que isso garantiria o nosso futuro e que poderíamos viver em paz e segurança, a custo zero”, continuou.
O governante italiano diz que a Europa descobriu “que não era esse o caso”.
“Precisamos de investir na segurança, que as nossas forças armadas, as de todos os países europeus, não estavam preparadas para o choque da guerra, porque foram construídas para participar, no máximo, em algumas missões internacionais”, concluiu.
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