Depois do ataque da semana passada na cidade do sul da China, o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, exigiu uma explicação e pediu a Pequim a garantir a segurança dos cidadãos japoneses.
Numa reunião com a ministra dos Negócios Estrangeiros japonesa, Yoko Kamikawa, em Nova Iorque, Wang afirmou que Pequim vai investigar e tratar o caso “de acordo com a lei”.
“O Japão deve considerar esta questão de forma calma e racional e evitar politizar ou agravar o problema”, afirmou Wang, citado num comunicado difundido pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.
Pequim “vai, como sempre, garantir a segurança de todos os cidadãos estrangeiros na China”, acrescentou.
O rapaz de 10 anos foi esfaqueado a caminho de uma escola japonesa.
Embora o motivo ainda não tenha sido confirmado, o ataque ocorreu num dia altamente simbólico, o 93.º aniversário do ‘Incidente de Moukden’, um ataque japonês a uma linha de caminho-de-ferro que serviu de pretexto para a invasão da Manchúria pelo Japão, em 1931, e foi um prelúdio para a longa guerra sino-japonesa.
O dia 18 de setembro é conhecido como o ‘Dia da Humilhação’ na República Popular da China.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros japonês declarou que Kamikawa “exigiu firmemente” que a China esclarecesse o caso, incluindo o motivos do homicídio, e punisse severamente o autor do crime.
Kamikawa pediu ainda que Pequim tome medidas contra “mensagens maliciosas e antijaponesas nas redes sociais, incluindo as mensagens sobre escolas japonesas, sem qualquer base factual”.
“A ministra Kamikawa pediu que os dois países, enquanto vizinhos, trabalhem seriamente para melhorar a situação, confrontando francamente os problemas que constituem obstáculos aos intercâmbios bilaterais”, continuou o Ministério japonês.
Pequim manifestou o “pesar e tristeza” pelo assassínio do jovem.
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