Em declarações aos jornalistas após a entrega das assinaturas, no Tribunal Constitucional, para formalizar a sua candidatura a Presidente da República, Jorge Pinto argumentou que no cargos-chave do Estado, como o Governo ou a Presidência da República, a “transparência é devida aos portugueses”, e que quem se candidata à Presidência da República não está excluído desse dever.
O candidato à Presidência da República apoiado pelo Livre reagia à disponibilidade demonstrada por Luís Marques Mendes para revelar os clientes da sua empresa familiar, se estes lhe derem autorização, depois de a revista Sábado ter noticiado que o candidato presidencial recusa-se a esclarecer como ganhou 709 mil euros líquidos nos últimos dois anos enquanto consultor externo da sociedade Abreu Advogados.
Jorge Pinto defendeu que “se a lei não obriga a que essa transparência exista, talvez devesse obrigar” e que os candidatos a Belém têm uma “obrigação acrescida”, acrescentado que espera que Luís Marques Mendes tenha a autorização para divulgar clientes da sua empresa familiar antes das eleições de 18 de janeiro.
“Isso sim seria ser fiel a essa ideia de transparência e fiel a essa informação aos eleitores antes de irem a votos”, frisou o também deputado do Livre
Jorge Pinto disse ainda que, para o combate à corrupção, um “fenómeno endémico em todas as democracia”, o foco tem de estar na prevenção e a “prevenção faz-se também precisamente pela transparência”.
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