O líder socialista fez esta defesa à saída da reunião com a direção da Federação Nacional dos Médicos (Fnam), onde ouviu a anfitriã, Joana Bordalo e Sá, a exigir mais atos e menos palavras.
“Acho fundamental que este Orçamento de Estado tenha uma grande preocupação com a saúde e com o Serviço Nacional de Saúde”, começou por dizer Pedro Nuno Santos que afirmou saber “que a prevenção não é prioridade para este Governo”.
Avançando para um dos temas quentes, a falta de médicos no SNS, o líder socialista vincou que há “garantir que os médicos portugueses se sentem compensados e motivados para trabalhar no SNS”.
“Temos de conseguir atrair médicos para o SNS. Não chega dizer que se vão alargar as vagas nas faculdades, porque as consequências dessa medida são, no mínimo, daqui a 10 anos. Precisamos de resolver o problema hoje. E fazê-lo hoje é conseguirmos dar condições para que os médicos queiram permanecer no SNS e atrair, até, alguns que abandonaram o SNS”, continuou.
Neste contexto, enfatizou o dirigente do PS, há que ser “muitos pragmáticos” no sentido de que o “Estado tem de pagar para que os médicos tenham interesse em trabalhar no SNS”.
A presidente da Fnam, Joana Bordalo e Sá, revelou que na reunião com Pedro Nuno Santos “houve alguma sensibilidade para levar o tema às reuniões com o primeiro-ministro)”, mas frisou que “é necessário que isto se efetive”.
“Isto não são meras palavras que estamos aqui a dizer, isto tem que se concretizar porque se não corremos o risco do SNS ter a maior debandada de médicos e a população ficar pior. Os médicos querem estar no SNS, mas isso tem de ser discutido e negociado de forma muito séria”, acrescentou.
A dirigente da Fnam assegurou que greve agendada para 24 e 25 de setembro se mantém-se.
Leia Também: Ordem quer médicos de família da comissão de avaliação das ULS universitárias