O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) referiu, esta quinta-feira, que as plumas dos incêndios que lavram em Portugal continental, sobretudo no Norte e Centro, há vários dias “são visíveis a cerca de 500 km da costa”.
“Na imagem de satélite é possível identificar claramente as plumas do incêndios sobre o oceano Atlântico a centenas de quilómetros a oeste de Portugal continental. Numa estimativa aproximada, pode-se dizer que são visíveis a cerca de 500 km da costa de Portugal”, indicou o IPMA, numa nota na rede social Facebook.
O IPMA referiu ainda que “os dias 16 e 17 de setembro de 2024 apresentaram condições meteorológicas extremamente adversas que facilitaram a propagação dos incêndios florestais“.
Nesses dias, foram registados “valores da humidade relativa inferiores a 20% durante as tardes até junto à faixa costeira, temperaturas máximas superiores a 30°C, e vento de leste forte e com rajadas nas terras altas das referidas regiões”.
Também o sistema de vigilância por satélite europeu Copernicus divulgou, esta quarta-feira, uma imagem que mostra a extensão das plumas dos incêndios, que pode ver abaixo.
© Copernicus
Sublinhe-se que sete pessoas morreram e 40 ficaram feridas, duas com gravidade, nos incêndios que atingem desde domingo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Coimbra, Vila Real e Viseu, e que destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas.
A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 62 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro já arderam 47.376 hectares.
O Governo já declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias.
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