O comandante da Autoridade Marítima Nacional (AMN) adiantou, este sábado, que a remoção do helicóptero que caiu ao fim da manhã de sexta-feira no rio Douro é “uma prioridade”, uma vez que o militar da Guarda Nacional Republicana (GNR) que ainda está desaparecido “poderá estar preso na fuselagem”.
“É prioridade de retirar aeronave porque o camarada que está desaparecido poderá estar preso na fuselagem”, disse Rui da Silva Lampreia, em declarações à imprensa.
A aeronave, que se partiu em duas partes, deverá ser removida pelas 10h00 da manhã.
O responsável deu ainda conta de que as buscas decorrem no mesmo perímetro de ontem, devendo ser alargadas “conforme necessário”. Ainda assim, há melhores condições, havendo “visibilidade na ordem dos cinco metros”.
“Não vamos perder a esperança e o nosso objetivo é encontrar o camarada desaparecido, seja em que circunstância se encontre”, disse.
Por seu turno, a tenente-coronel da GNR Mafalda Almeida disse, esta manhã, que as causas do acidente continuam por apurar, devendo ser averiguadas “a posteriori”.
“Mantemos o acompanhamento de todos. Neste momento estamos em dor”, indicou, em declarações aos jornalistas, tendo salientando que a prioridade é localizar o camarada de 29 anos que está desaparecido.
As operações de buscas decorrerem com oito equipas de mergulhadores, equipas terrestres e três drones, estando no local 94 operacionais, cinco embarcações e 35 viaturas.
Recorde-se que o helicóptero de combate a incêndios florestais caiu no rio Douro pelas 12h50 de sexta-feira, próximo da localidade de Samodães, Lamego, e transportava um piloto e uma equipa de cinco militares da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPC) que regressavam de um fogo no concelho de Baião.
O piloto da aeronave foi resgatado com vida, apenas com ferimentos ligeiros.
Até ao momento foram localizados os corpos de quatro militares da GNR, continuando desaparecido um outro elemento.
Os militares têm entre os 29 e os 45 anos, três são naturais de Lamego, um de Moimenta da Beira e outro de Castro Daire, no distrito de Viseu.
O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários tem uma equipa no terreno a investigar o acidente.
O helicóptero acidentado, do modelo AS350 – Écureuil, é operado pela empresa HTA Helicópteros, sediada em Loulé, Algarve.
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