Já ouviu falar da Síndrome dos Ovários Poliquísticos (SOP)? “É uma doença que afeta 10 a 15% das mulheres e pode provocar alterações do ciclo menstrual, múltiplos folículos nos ovários e dificuldade em engravidar”, explica Catarina Godinho, um médica, em comunicado.
Trata-se de uma condição que causa muitas dúvidas e, consequentemente, está associada a mitos. Por isso a médica esclareceu alguns.
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1.º mito: Síndrome dos Ovários Poliquísticos é o mesmo que quistos nos ovários?
“Falso!” Segundo a médica, “as mulheres com SOP têm múltiplos folículos de pequeno tamanho na periferia dos ovários. É este número anormal de folículos que levam ao desequilíbrio hormonal. Os quistos nos ovários são bolsas de líquido que se desenvolvem nos ovários em cada período menstrual. São comuns e geralmente são benignos e não causam dor”.
2.º mito: Uma mulher com síndrome dos ovários poliquísticos tem tumores nos ovários?
“Falso! O nome SOP provém da sua descrição, há quase 100 anos, e deve-se ao aspeto que apresentavam os ovários com múltiplos folículos que eram um pouco maiores do que o habitual. Mas não são quistos, nem tumores.”
3.º mito: É uma doença com origem nos ovários?
“Falso!” Trata-se de “uma doença metabólica que também afeta os ovários através da falta de ovulação e, consequentemente, pode impactar a fertilidade. Mas a sua origem é uma alteração geral do metabolismo, com um papel muito importante na resistência à ação da insulina”.
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4.º mito: A mulher com SOP é estéril?
“Não! Mulheres com SOP podem demorar um pouco mais para engravidar porque normalmente não costumam ovular, mas, em certas ocasiões, ovulam e é nesses momentos que poderão engravidar.” Explica ainda que “a medicina de reprodução, através de tratamentos simples, é um bom aliado para reduzir este tempo de espera”.
5.º mito: Não há tratamentos para a SOP.
“Falso!” De acordo com a médica, apesar de não existir “um tratamento que possa solucionar todos os sintomas da SOP, é possível tomar medidas para combater esses sintomas, como por exemplo, a perda de peso de mulheres nos casos em que é preciso perder alguns quilos”. Para além disso, “existem tratamentos específicos para cada um dos sintomas que a mulher pode apresentar, aliviando-os, o que permite aumentar a autoestima e a qualidade de vida”.
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