Síria prepara medidas para acolher quem foge de ataques no Líbano

Fontes da segurança síria disseram hoje que mais de 22.000 pessoas, maioritariamente sírios, entraram na Síria desde segunda-feira, dia em que Israel intensificou os bombardeamentos contra o Líbano.

 

Por sua vez, o Governo libanês avançou hoje que mais de 31 mil pessoas atravessaram a fronteira sírio-libanesa nos últimos dois dias.

“Nos últimos dois dias”, as autoridades “registaram a passagem de 15.600 cidadãos sírios e 16.130 cidadãos libaneses para o território sírio”, indicou o centro de crise libanês, num comunicado.

A assistência aos refugiados e deslocados foi discutida em Damasco durante uma reunião do primeiro-ministro, Mohamed Ghazi Al-Jalali, com vários membros do Governo leal ao Presidente Bashar al-Assad, segundo a Sana.

“O ministro da Saúde, Ahmad Dmayrieh, discutiu as medidas tomadas pelo setor da saúde para fornecer cuidados médicos e de saúde de todos os tipos às pessoas necessitadas”, disse a agência oficial síria.

O executivo decidiu “tomar todas as medidas necessárias para abrir centros de acolhimento” e assegurar o transporte das pessoas deslocadas para esses centros a partir dos postos de fronteira.

Serão também adotadas medidas para “proporcionar todas as facilidades às pessoas que chegam aos centros de fronteira”, acrescentou.

Os ministros do Interior, general Mohammad al-Rahmoun, e da Administração Local e do Ambiente, Louay Kharita, inspecionaram hoje os trabalhos no posto fronteiriço de Jdeidet Yabous, na fronteira sírio-libanesa.

Os dois ministros disseram durante a visita que serão facilitados os procedimentos para as chegadas a partir do Líbano e que serão disponibilizados os apoios necessários em termos logísticos, sanitários e de socorro.

Os bombardeamentos israelitas contra o sul do Líbano intensificaram-se na segunda-feira, tendo provocado mais de 600 mortos desde então.

O exército israelita visa o grupo xiita pró-iraniano Hezbollah, que tem atacado o norte de Israel para apoiar o movimento extremista palestiniano Hamas na guerra em curso na Faixa de Gaza.

A guerra foi desencadeada por um ataque do Hamas em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos, segundo Israel.

Os atacantes fizeram ainda duas centenas de reféns que levaram para a Faixa de Gaza.

A ofensiva israelita na Faixa de Gaza provocou mais de 41.500 mortos em 11 meses, segundo o governo do Hamas, grupo que controla o enclave palestiniano desde 2007.

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Fonte: www.noticiasaominuto.com

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