Num formato inédito, ‘leões’ e ‘águias’ – em luta à distância, com outras 34 equipas, pela mesma classificação – precisam, no mínimo, de um lugar entre o nono e o 24.º, que vale o play-off de acesso aos ‘oitavos’, e, para isso, nada como começar cedo a somar pontos, antes da chegada de batalhas mais complicadas.
A formação de Rúben Amorim, começa, teoricamente, com o jogo mais acessível em casa (os outros são perante Manchester City, Arsenal e Bolonha), enquanto os ‘encarnados’, do regressado Bruno Lage, cumprem o jogo claramente menos complicado fora (depois enfrentam Bayern Munique, Juventus e Mónaco).
Desta forma, seria muito importante ambos arrancarem com triunfos, sobretudo os ‘encarnados’, que em casa recebem FC Barcelona, Atlético de Madrid, Bolonha e Feyenoord), pois o Sporting tem um calendário bem mais acessível fora (Leipzig, PSV Eindhoven, Club Brugge e Sturm Graz).
Os ‘leões’ são os primeiros a arrancar, na terça-feira, a partir das 20:00, e vão fazê-lo depois de um início de campeonato perfeito (cinco vitórias em cinco jogos), em resposta a uma ‘estranha’ derrota com o FC Porto na Supertaça (3-4 após prolongamento, depois de liderarem por 3-0).
Na sexta-feira, a formação de Rúben Amorim venceu por 3-0 em Arouca, com golos do seu trio ofensivo: Pedro Gonçalves marcou o primeiro, o sueco Viktor Gyökeres o segundo, de grande penalidade, e Francisco Trincão o terceiro.
Os ‘leões’ voltam à ‘Champions’ em Alvalade, onde, em 2022/23, disputaram o último jogo na competição, ao perderem por 2-1 na receção ao Eintracht Frankfurt e falharem o acesso aos oitavos de final, num trajeto que tinham iniciado com um 3-0 na Alemanha, com tento de Marcus Edwards, Trincão e Nuno Santos.
Na última vez que iniciou a prova em casa, o Sporting, já de Rúben Amorim, não se deu bem, ao ser goleado por 5-1 pelos neerlandeses do Ajax, muito por culpa de quatro golos de Sébastien Haller, num resultado que não impediu a equipa de atingir pela segunda vez os ‘oitavos’ na ‘era Champions’, repetindo 2008/09.
Pela frente, o Sporting vai ter o Lille, que perdeu os últimos três jogos, o derradeiro na sexta-feira, por 1-0, em Saint-Étienne, para a quarta ronda da Ligue 1.
A ex-equipa de Paulo Fonseca volta à ‘Champions’ três anos depois, sendo que na última presença, em 2021/22, conseguiu chegar aos oitavos de final, igualando o seu melhor registo na prova — já o tinha conseguido em 2006/07.
Dois dias depois da estreia dos ‘leões’, é a vez do Benfica, que, na quinta-feira, pelas 17:45 (em Lisboa), joga no reduto do Estrela Vermelha, formação que no anterior formato, caiu nas três presenças na fase de grupos.
O encontro acontece após uma animadora estreia do regressado Bruno Lage, que comandou a equipa no sábado a uma vitória por 4-1 na receção ao Santa Clara, num embate da quinta jornada da I Liga de futebol em que os açorianos marcaram logo aos 23 segundos.
A reação dos ‘encarnados’, prontamente apoiados pelos adeptos, foi consumada com quatro golos, apontados pelo estreante turco Aktürkoglu (27 minutos), Florentino (34), António Silva (47) e pelo argentino Di María, com um belo ‘chapéu’ (58).
Bruno Lage, que alterou profundamente a dinâmica da equipa e abdicou de um segundo médio defensivo, fez também estrear o suíço Amdouni, num coletivo que mostrou grandes melhorias em relação ao que foi o final da ‘era’ Roger Schmidt.
Pela frente, o Benfica vai ter, porém, um público muito entusiasta e um Estrela Vermelha que venceu os últimos cinco jogos do campeonato sérvio, no qual é líder isolado.
Quanto aos outros jogos, de uma primeira jornada que se realiza em três dias, destaque para as receções do AC Milan, de Paulo Fonseca e Rafael Leão, ao Liverpool, de Diogo Jota, na terça-feira, e do Manchester City, de Rúben Dias, Bernardo Silva e Matheus Nunes, ao Inter Milão, na quarta-feira.
Por seu lado, o Real Madrid começa a defesa do título com a receção ao Estugarda, na terça-feira, enquanto, na quinta-feira, o jogo mais expectante será a deslocação do FC Barcelona ao reduto do Mónaco, num embate entre dois dos adversários das ‘águias’.