O Vitória SC foi a Braga vencer na última ronda (2-0), 10.º triunfo em 11 jogos oficiais esta época (mais uma derrota, com o AVS, 1-0).
Os portistas, com quem partilham a pontuação (12 pontos) na perseguição ao líder Sporting (15), também ganharam na jornada anterior, por 2-1 diante do Farense, em casa, mas para Rui Borges em jogo não está a disputa pelo segundo lugar, mas pela vitória.
“A luta é pelos três pontos. É um jogo contra uma grande equipa, muito competitiva, muito intensa, que tem feito um bom início de campeonato, à imagem dos últimos anos. É uma equipa que gosta de entrar forte, a mostrar que é grande. Somos uma equipa moralizada, que tem feito um início de época muito bom e vamos ser nós próprios, não vamos fugir ao que temos feito”, afirmou o treinador, em conferência de imprensa.
Para Rui Borges, “o jogo passado está no passado”.
“Ganhámos, foi ‘top’, mas temos de nos focar no nosso caminho”, advertiu.
O técnico dos vimaranenses reconheceu que o triunfo frente ao rival Sporting de Braga “vale o dobro por aquilo que representa para todos os adeptos do Vitória SC”.
“Mas, para mim, vale três pontos. Sinto de forma diferente porque sei o que representa para os adeptos, mas valorizo tanto a vitória com o Sporting de Braga como com o último classificado, e se fosse a derrota era da mesma forma. São jogos, temos de ser competitivos, mas depois do lado de fora temos de ser humanos, há uma comunidade, temos de nos dar de alguma forma, de nos respeitarmos”, disse.
O Vitória de Guimarães sofreu apenas dois golos até ao momento e questionado pelo desafio que o ataque dos ‘dragões’ vai constituir, Rui Borges frisou que “os desafios têm sido sempre constantes”.
“Nós, portugueses, arranjamos sempre forma de não valorizar quem faz bem as coisas. Vou ouvindo dizer que nos têm posto sempre à prova. Dizem que ganhámos ao Floriana [na fase preliminar da Liga Conferência] porque era nossa obrigação, que o Zurique [na fase preliminar da Liga Conferência] não era uma grande equipa. Depois, contra o Famalicão disseram que aí é que íamos ser postos à prova e ganhámos. Fomos para Braga e disseram que nesse jogo é que iam ver se estávamos mesmo a postos e fomos ganhar a Braga e agora é o FC Porto. Estou sempre à prova desde que nasci”, disse.
O técnico dos vitorianos acredita em algumas alterações no ‘onze’ do FC Porto, nomeadamente no ataque, considerando que “Namaso dá umas coisas e Samu dá outras”, mas notando que o adversário “é uma equipa agressiva em termos ofensivos, com as segundas linhas a rasgar a profundidade, têm muita qualidade individual e qualquer segundo de relaxamento pode sair caro”.
O técnico promete um Vitória SC “com a mesma ideia de jogo, o mesmo foco, rigor e compromisso” de todos os outros jogos e garantiu que “a equipa está confiante e os jogadores estão focados e querem continuar com a ambição e o hábito de vitória”.
Rui Borges frisou que são os jogadores que o fazem treinador e não o contrário.
“Gosto muito de ouvir os jogadores, de partilhar. Todos os jogos peço-lhes para errarem muito, porque só erra quem não se esconde do jogo e eu não quero que eles se escondam”, disse.
Jorge Fernandes continua lesionado e o também defesa central Mikel Villanueva, que saiu ao intervalo no clássico minhoto igualmente com uma lesão no ombro, está em dúvida para sábado, segundo o treinador.
Vitória SC terceiro classificado, com 12 pontos, e FC Porto, segundo, também com 12, defrontam-se no sábado, a partir das 18:00, no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães, jogo que será arbitrado por Fábio Veríssimo, da associação de Leiria.
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